Otimismo no emprego

Um dado otimista em meio à messe de infortúnios vividos hoje procede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A poderosa entidade confirma que a expansão de 0,29% na oferta de empregos industriais, em março, respalda a tendência de elevação mais acentuada nos próximos três meses.

Estimativas da Fiesp dão conta que o crescimento do emprego industrial pode chegar a 0,5% no segundo trimestre. O diretor do Departamento de Economia da entidade, Paulo Francini, ponderou que o aumento do emprego tem defasagem média de quatro meses em relação ao ritmo de crescimento do nível de atividade do setor.

A questão deve ser entendida da seguinte forma: a recuperação da atividade de determinado setor industrial, cuja aceleração começou entre novembro e fevereiro, por exemplo, só terá reflexos positivos no aumento da demanda de empregados em abril, maio e junho.

Para o diretor da Fiesp, março sempre teve aumento da oferta de empregos, mas a boa projeção para este trimestre é otimista em função do esperado ritmo da produção industrial. Em março registrou-se aumento do emprego no setor de produtos minerais não metálicos, onde estão incluídos cimento e vidro, utilizados na construção civil, setor revitalizado pelo investimento público.

O maior índice de geração de vagas ficou na produção de álcool, com um salto de 16,25%, devido ao início da safra de cana-de-açúcar. O setor da produção de alimentos, maior empregador do conjunto da indústria paulista, registrou crescimento de 1,1% na criação de empregos, puxados pela Páscoa, e deverá manter a expectativa favorável. Assim seja.

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