ONGs debatem criação de parque em Rio Branco

Organizações não-governamentais estão discutindo a criação do Parque Estadual da Gruta da Lancinha, em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. A área é patrimônio natural, mas sofre com a falta de preservação e o descaso dos visitantes.

Segundo Flávio Antoniacomi, da ONG Pense, os turistas quebram as formações naturais – estalagmites e estalactites -, jogam lixo no chão e picham as paredes da gruta. A transformação em parque estadual é a saída para a preservação da caverna. Pois haveria monitoração das visitas, guias credenciados e a montagem da infra-estrutura turística. “Hoje o trabalho de preservação é totalmente voluntário. As pessoas pegam sacolas e recolhem lixo de dentro da caverna”, diz Antoniacomi.

De acordo com ele, a prefeitura de Rio Branco do Sul ainda não se manifestou sobre o assunto. O Estado aconselha a fazer um parque municipal, pois os critérios de exigências para um estadual são mais rígidos. Antoniacomi conta que o Grupo de Estudos Espeleológicos do Paraná encaminhou o projeto diversas vezes, mas não teve retorno.

As entidades realizaram, ontem à noite, o Segundo Encontro dos Defensores da Vida, que reuniu espeleólogos, advogados de causas ambientais e autoridades, entre outros, com o objetivo de gerar uma mobilização na comunidade, para depois entrar na parte política da questão. No domingo, haverá o III Grito Ecológico, no Bosque Municipal, no centro de Rio Branco do Sul, no qual será feita uma festa com apresentações de teatro e música para mobilizar a população local.

A Gruta da Lancinha é patrimônio natural tombado desde 1988 pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico. É a segunda maior caverna do Paraná e a terceira no Brasil em biodiversidade. Além da importância natural, a gruta também é um grande atrativo turístico, já que está localizada a apenas 30 quilômetros de Curitiba.

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