Novo plano de energia prevê Angra 3 para junho de 2013

O novo Plano Decenal de Energia Elétrica (PDEE), versão 2007-2016, prevê a entrada em operação da usina nuclear Angra 3 a partir de junho de 2013.

"A conclusão das obras da usina deverá demandar seis anos", afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim. O PDEE 2007-2016 deve ser apresentado para discussão pública ainda no primeiro semestre deste ano.

O executivo, porém, descartou que isso signifique que o governo já tenha aprovado a construção do empreendimento. Tolmasquim afirmou, inclusive, desconhecer a informação publicada hoje no Valor Econômico de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a construção da térmica nuclear.

O início das obras da térmica depende de autorização do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Na avaliação do presidente da EPE, a construção de Angra 3 é fundamental tanto do ponto de vista energético quanto estratégico.

"Trata-se de uma usina de base e situada no Rio de Janeiro, ou seja, no centro de carga, o que proporciona segurança ao sistema. Estrategicamente, é importante para gerar experiência aos técnicos brasileiros sobre a área nuclear, tendo em vista que, no futuro, o Brasil precisará dessa fonte de energia para atender as suas necessidades", justificou Tolmasquim.

A construção de Angra 3 deve marcar a retomada do projeto nuclear brasileiro. Segundo o Plano Nacional de Energia 2030, a oferta total de energia elétrica a partir de térmicas nucleares poderá chegar até 9,36 mil MW no período, a partir de quatro projetos no Nordeste e cinco no Sudeste, entre eles Angra 3.

Dados da Eletronuclear indicam que a capacidade instalada de 1 35 mil MW da usina representará 40% das necessidades energéticas do Brasil em 2013. A tarifa estimada para a térmica é de R$ 138 14/MWh.

Segundo a estatal, cerca de 30% do projeto está concluído, sendo que a área de implantação da usina já está preparada e o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) já foi submetido ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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