Nove corpos de vítimas da Gol ainda não foram achados

Um total de 113 mortos na queda do Boeing 737-800 da Gol já foi identificado. Ontem, mais 23 vítimas do maior acidente da aviação brasileira foram reconhecidas pelo Instituto Médico-Legal de Brasília (DF). No local da queda, faltam ser localizados nove corpos. As buscas entraram na sua fase mais difícil.

Corpos encontrados em grupos já foram resgatados e a maioria saiu pré-identificada da Fazenda Jarinã, base de apoio da Força Aérea Brasileira (FAB). Agora, as vítimas estão mais distantes, ‘escondidas’, e só poderão ser identificadas por exame de DNA. A FAB informou que em um dos últimos grupos de vítimas resgatadas, um dos corpos era parte de um corpo que já estava no IML.

Técnicos do Recovery Kit, grupo ligado à Varig que presta assistência em casos de incidentes e acidentes fora de pista, começaram ontem a levar para o local do acidente os equipamentos que usarão para remover o trem de pouso esquerdo do Boeing e recolher o direito. ‘Há 90% de chance de encontrar corpos ali embaixo porque o cheiro estava muito forte’, disse um dos técnicos, Sérgio Augusto Guidugli. Hoje, os índios caiapós entram oficialmente na missão de resgate das vítimas.

"Os passageiros do vôo 1907 viram que iam morrer, porque o avião se desintegrou no ar numa altitude bem menor que a do choque com o jato Legacy. É a minha impressão pessoal", disse ontem o major Átila Wanderlei da Silva, do Corpo de Bombeiros de Sinop (MT), coordenador regional da Defesa Civil do Mato Grosso. Segundo ele o fato de os corpos estarem pouco mutilados e a forma como foram encontradas algumas vítimas não deixam dúvidas disso.

Um dos passageiros foi encontrado com os documentos na cueca. "Ele tirou a parte de couro da carteira e colocou os plásticos com os documentos dentro da cueca, o que demonstra que queria ser identificado", disse Silva. De acordo com o bombeiro, uma comissária de bordo foi encontrada com máscara de oxigênio. Ele afirmou, ainda, que alguns passageiros resgatados de dentro do Boeing, estavam fazendo figa, um sinal de que pediam proteção durante a queda.

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