Nova derrama

?Nova Inconfidência? foi o slogan escolhido pelos grandes empresários paulistas para ratificar, à guisa de comemoração do dia dedicado a Tiradentes, a preocupação insistente com a pesada carga tributária que o governo impõe sobre a produção. A última reação empresarial é contra os rumores da súbita decisão governamental de aumentar o volume de retenções na fonte.

Ninguém menos que o secretário executivo do Ministério da Fazenda, auxiliar mais próximo do ministro Antônio Palocci Filho e seu substituto imediato, Bernard Appy, confidenciou a alguns empresários que o governo planeja a remessa de projeto de lei com esse teor, ao Congresso Nacional.

Diante das recentes marcas deixadas pela confusão causada pela Medida Provisória 232, os empresários temem que a intenção velada do projeto ainda não concluído venha a ser uma espécie de compensação da derrota sofrida pelo Planalto, em termos dos aumentos da CSLL e do Imposto de Renda de prestadores de serviços.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, escaldado pela pertinácia com que o governo pauta as ações no melindroso caminho da política fiscal, falando de uma nova derrama, não deixou de advertir seus pares que as retenções previstas significam aumento da carga tributária.

Skaf tem razão ao assumir tal posição, bastando lembrar que esse País possui carga tributária e taxa anual de juros estratosféricas, tornando inaceitável qualquer outra tentativa de elevar impostos.

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