Turquia pede reforma do Conselho de Segurança da ONU

O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, pediu hoje a reforma do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) após o recente impasse que impede uma ação mais incisiva para resolver a crise na Síria.

Em entrevista coletiva, o chefe de governo turco disse que o sistema de escolha dos membros é desigual e injusto e que a entidade não representa bem os países.

Para Erdogan, a reforma do Conselho deve levar em consideração a influência crescente de países como Turquia, Brasil, Índia ou Indonésia, além de refletir que o “Ocidente não é mais o único centro do mundo”.

Ele atribui os problemas no conselho como uma das razões para a crise humanitária na Síria, que qualifica como uma tragédia que o mundo é testemunha.

“Se a gente esperar por um ou dois membros permanentes, então o futuro da Síria estará em perigo”, disse Erdogan, em referência a Rússia e China, que vetaram três resoluções com sanções contra o ditador Bashar Assad.

As declarações do primeiro-ministro foram feitas no mesmo dia em que o chanceler turco, Ahmed Davutoglu, se reúne com autoridades europeias e o enviado especial da ONU, Lakhdar Brahimi, para discutir a crise na Síria.

A Turquia é um dos países mais afetados pelos confrontos entre governo e oposição no país vizinho e nas últimas duas semanas aumentou o tom e as ações contra o regime de Assad.

Hoje, o grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que forças de Assad fizeram bombardeios no reduto rebelde de Maaret al Numan, ao sul de Aleppo, e também na Província de Idlib, ambos no norte do país.

De acordo com fontes da Universidade de Aleppo, mais de 30 mil deslocados sobrevivem em condições indignas nos dormitórios da cidade universitária.

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