As equipes de resgate engajadas na remoção dos escombros do terremoto que atingiu o Peru não semana passada "não têm mais esperança" de encontrar sobreviventes. "O trabalho de resgate acabou. Agora estamos nos empenhando na recuperação dos corpos", lamentou Jorge Vera, um bombeiro que liderou a busca por sobreviventes nos escombros da Paróquia de São Clemente, em Pisco.
Guillermo Merino, outro bombeiro de Pisco, disse que 148 corpos foram retirados somente da igreja depois do terremoto. Não se sabe ao certo quantas das 300 pessoas no interior do templo sobreviveram.
De acordo com os números oficiais divulgados pelo governo peruano, o tremor de 8 graus na escala Richter registrado na última quarta-feira deixou 540 mortos e mais de 1.500 feridos na região. O abalo sísmico durou dois minutos.
Rafael Loza, um socorrista que usava uma câmera com raios infravermelhos na busca por sobreviventes, também comentou que "não há mais esperança de seu encontrar ninguém com vida".
Sexta-feira foi a última vez que um sobrevivente foi retirado dos escombros em Pisco, 200 quilômetros a sudeste de Lima.
A imprensa local informou ontem que um menino de 12 anos morreu em Guadalupe, nas proximidades, quando uma parede de sua casa desabou depois de um tremor secundário de 5,6 graus na escala Richter.