Premiê australiano nega que esteja evitando o Dalai Lama

O primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, negou que estivesse evitando um encontro o dalai-lama. O líder espiritual tibetano iniciou uma série de palestras nesta quarta-feira (11) em Sidney. Grupos de defesa dos direitos humanos criticaram Rudd por não se encontrar com o dalai-lama, durante a visita de cinco dias do religioso ao país, iniciada no domingo. Rudd realiza visita de Estado ao Japão e à Indonésia e deve retornar à Austrália somente no fim do domingo.

"Eu já me encontrei com o dalai-lama muitas vezes antes, não há nada de especial nisso", disse Rudd, referindo-se ao fato de os dois não se reunirem dessa vez. Rudd, que fala mandarim fluentemente e foi diplomata em Pequim, encontrou-se com o dalai-lama na Austrália há um ano, quando era líder da oposição. Porém, um novo encontro após a posse de Rudd não ocorreu.

O ministro da Imigração, Chris Evans, informou que se encontrará com o dalai-lama na sexta-feira. Evans ocupará interinamente o cargo de primeiro-ministro nesse dia e no sábado, já que Rudd e o vice dele estarão em viagem ao exterior.

"O primeiro-ministro foi bem franco durante os recentes conflitos no Tibete, levantando o assunto de forma incisiva mesmo quando estava em Pequim", avaliou Paul Bourke, um líder do grupo Conselho Tibete Austrália. "Seria apropriado para ele aproveitar a oportunidade de se encontrar com o dalai-lama aqui.

A China, que controla o Tibete desde a década de 1950, acusa o dalai-lama de fazer campanha pela independência da província e desencoraja o encontro dele com líderes internacionais. No começo deste ano, Rudd foi alvo de um protesto oficial de Pequim ao pedir que o governo chinês iniciasse um diálogo com o dalai-lama.

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