Polícia suspeita de morte de vencedor de loteria nos EUA

Ajudante de motoristas de caminhão que vivia com a mãe, Abraham Shakespeare levou milhões de dólares ao ganhar um prêmio de uma loteria da Flórida em 2006. A boa sorte, porém, pode ter custado a ele a vida, suspeita a polícia. Shakespeare desapareceu há meses. A mãe espera que o filho esteja em algum lugar do Caribe, em alguma praia, aproveitando a vida e longe de todas as pessoas que passaram a constantemente se aproximar dele em busca de dinheiro.

No entanto, o xerife local tem uma teoria mais triste: Shakespeare foi morto. “Há muitas circunstâncias esquisitas e bizarras neste caso”, disse o xerife Grady Judd. “Nós tememos e estamos nos preparando para o pior. Estamos trabalhando neste caso como se fosse um homicídio.”

Ontem, Judd afirmou que os investigadores identificaram uma pessoa que possivelmente está envolvida na desaparição. Trata-se de Dorice Donegan “DeeDee” Moore, uma mulher de 37 anos que se aproximou de Shakespeare após ele ter vencido na loteria. Porém, ela não foi acusada formalmente nem presa. Para o xerife, Dorice tem informações sobre o milionário desaparecido.

Shakespeare, de 43 anos, ganhou a loteria após fazer um jogo em uma loja de conveniência na cidade de Frostproof. Ele tem uma ficha criminal e já foi preso por roubo, ataque violento e por não pagar a pensão do filho. Pelas regras da loteria, ele poderia aceitar uma renda anual, mas preferiu o prêmio integral de US$ 16,9 milhões.

O dinheiro rapidamente trouxe problemas. Um ex-sócio o processou, acusando-o de roubar o bilhete vencedor. Seis meses depois, um júri decidiu que o bilhete era mesmo de Shakespeare. Além disso, pessoas constantemente o procuravam em busca de uma parte da fortuna. Segundo a mãe, ele era generoso e pagava funerais ou emprestava dinheiro a amigos que queriam abrir negócios, por exemplo.

Conselheira

Pouco após comprar uma casa de US$ 1 milhão, Dorice se aproximou dele, falando que pretendia escrever um livro sobre a vida do sortudo. Ela acabou se tornando uma espécie de conselheira financeira de Shakespeare, que tem o ensino médio incompleto. Segundo a polícia, ao longo do tempo a mulher envolveu Shakespeare em transações suspeitas.

O xerife informou que a última vez que Shakespeare foi visto foi em abril, mas apenas em 9 de novembro o caso veio a público por meio de um informante da polícia. Além disso, a mulher buscou repórteres do jornal “The Ledger of Lakeland” para tratar do caso, dizendo que as pessoas tentavam extorquir Shakespeare. Em 5 de dezembro, ela contou ao mesmo jornal que ajudou Shakespeare a desaparecer, mas agora queria que ele voltasse para a casa pois a polícia a estava pressionando.

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