O modelo de colaboração bilateral entre o Brasil e a Itália pode chamar a atenção de todos os países da América Latina para fortalecer a cooperação industrial e a transferência de tecnologia entre o país europeu e a região, indicou hoje um diplomata italiano na 5ª Conferência Itália-América Latina e Caribe que ocorre na Chancelaria da Itália.
Para o subsecretário do Ministério italiano das Relações Exteriores Vincenzo Scotti, “pode-se chamar a atenção de todos os países da América Latina” a partir da colaboração econômica com o Brasil.
Nos primeiros seis meses de 2011 houve um crescimento de 37% no intercâmbio comercial entre brasileiros e italianos, e em um ano, 200 novas empresas da Itália passaram a atuar no país, somando atualmente 585 empresas.
Os dados são resultado de um mapeamento das relações bilaterais existentes que foram apresentados pelo embaixador italiano em Brasília, Gherardo La Francesca, na primeira sessão da conferência.
Ele também apresentou três projetos-piloto de investimentos italianos no Brasil. Um é no ramo automobilístico em Pernambuco, onde a Fiat abriria uma unidade, outro é no ramo náutico em Santa Catarina e no Amazonas, e o terceiro é no setor de mármore e granito no Espírito Santo.
Francesca destacou o crescimento econômico do Brasil, sobretudo em estados mais pobres, como no Maranhão, onde o crescimento no ano passado foi de 6,4%, maior do que o de São Paulo, que cresceu 4,3% no período. Ele também ressaltou os projetos de investimento em infraestrutura, em moradia popular, em aceleração do crescimento e os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Segundo o embaixador, há atualmente dez setores da economia brasileira que interessam à Itália em matéria de investimentos.