Papa cobra “maior atenção” aos imigrantes e exilados nos aeroportos

O papa Bento XVI afirmou nesta segunda-feira que os aeroportos refletem a globalização de nosso tempo, mas também situações humanas que exigem “uma maior atenção”, como a vivenciadas pelos emigrantes, exilados e por aqueles que tentam viajar sem todos os documentos necessários. O Pontífice fez estas declarações no discurso que dirigiu no Vaticano aos participantes do XV Seminário Mundial dos Capelães Católicos da Aviação Civil e dos membros das Capelanias dos Aeroportos, promovido pelo Conselho Pontifício do Pastoral dos Emigrantes e itinerantes.

“Estejam conscientes de fazer presente nos aeroportos do mundo a mesma missão da Igreja, que é levar Deus ao homem e guiar o homem ao encontro de Deus. E os aeroportos são lugares que refletem cada vez mais a realidade globalizada de nosso tempo”, afirmou o papa. O Bispo de Roma assinalou que nos aeroportos se encontram pessoas de todos os países, religiões, cultura e nível social, mas também se encontram situações humanas “muito distintas e nada fáceis, que requerem sempre uma maior atenção e cuidado”.

O Pontífice também fez referência aos “que vivem na espera e cheios de angústia na tentativa de transitar sem os documentos necessários, como os emigrantes e os que solicitam asilo”. Conhecedor dos aeroportos, o papa disse que também pensava “nas embaraçosas” medidas de segurança que foram adotadas para reduzir a possibilidade de atentados terroristas. Os aeroportos também refletem a crise de fé que afeta muitos, lamentou o papa, que encorajou os membros das Capelanias aéreas a realizar seu trabalho.

O Pontífice assinalou que as pessoas que trabalham nos aeroportos vivem “em um ambiente onde a contínua mobilidade e a tecnologia constantemente em progresso ameaçam obscurecer a centralidade do ser humano”, que, por sua vez, acaba querendo ser mais “eficiente e produtivo e se esquecendo do amor ao próximo e da solidariedade que sempre vão caracterizar as relações humanas”.

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