ONU: chega a 2.368 o total de mortes violentas no Sudão

O número de pessoas mortas neste ano no sul do Sudão, região que no próximo sábado se tornará o mais novo país do mundo, chegou a 2.368, informou hoje a Organização das Nações Unidas (ONU). Deste total, 500 mortes ocorreram apenas no mês passado. Os dados, compilados pela ONU com base em relatórios das autoridades locais e de avaliações da própria entidade, refletem os grandes desafios enfrentados pelo novo país. O aumento expressivo dos números, publicados na semana passada pela ONU, se deve principalmente a ataques ligados ao roubo de gado no turbulento Estado de Jonglei, no sul do país.

“As 500 vítimas do condado de Pibor têm ligação com confrontos por causa de roubo de gado entre os Lou Nuer e os Murle no Estado de Jonglei,” disse Lise Grande, coordenadora humanitária sênior da ONU no sul do Sudão, referindo-se a dois grupos étnicos rivais da região. “Não se trata de um, mas de uma série de incidentes que começaram por volta das primeiras duas semanas de junho.” O Sudão do Sul se prepara para a declaração formal de sua independência no sábado e luta para conter a violência em suas fronteiras.

Diplomatas disseram que uma nova missão de paz da ONU para o Sudão do Sul será composta por 7 mil militares e 900 policiais internacionais. O mandato da missão será consolidar a paz e a segurança no país mais jovem do mundo. O Conselho de Segurança (CS) realiza intensivas discussões nesta semana a respeito da resolução que vai autorizar a nova missão e assegurar sua adoção antes da independência oficial do país.

Os diplomatas, que falaram em condição de anonimato, disseram que o esboço da resolução deve ser aprovado amanhã pelo Conselho de Segurança. O documento pede uma revisão após três meses e outra depois de seis meses do envio das forças para verificar se o contingente pode ser reduzido para 6 mil homens, disseram os diplomatas. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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