OMS recomenda restrição de testes de gripe suína

A Organização Mundial da Saúde recomendou ontem que os países deixem de testar todos os pacientes suspeitos de ter gripe suína e apenas analisem amostras de casos para realizar estimativas da disseminação da doença. A medida, que em parte já era adotada pelo Brasil desde a última sexta-feira, significa o fim das estratégias de contenção do vírus e o reconhecimento de que haverá circulação livre do A (H1N1) por vários países, analisam especialistas.

No entanto, não há motivo para pânico, uma vez que todas as evidências científicas apontam que a letalidade da nova gripe é baixa e que ela não é pior do que a gripe comum que ocorre todos os anos. A OMS também informou que, pela segunda vez, modificou o nome oficial da doença: em vez de gripe A(H1N1), agora a doença chama-se gripe “H1N1 pandêmico 2009”.

No Brasil, onde até ontem havia 905 ocorrências confirmadas, desde a última sexta-feira só casos graves vem sendo testados, mas o País, que nega ter circulação livre do vírus, ainda não adota a estratégia de divulgar estimativas do número real de casos, a partir de cálculos de epidemiologistas, como fazem os EUA, o Reino Unido e a Argentina, que já reconhecem a livre circulação. A Argentina, por exemplo, apesar de informar a OMS de que há 2.485 casos confirmados, estima que o número real possa chegar a 108 mil.

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