OMS e Lula divergem quanto ao perigo da gripe suína

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou ontem o alcance da epidemia de gripe suína, que tem 8 casos confirmados e 22 suspeitos no País, dizendo que ela não é do tamanho “que se vendeu”. Questionado, o porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Gregory Hartl, rebateu, afirmando que é cedo para dizer se a doença não se espalhará ou se permanecerá suave.

“Acho que essa gripe não é do tamanho que parecia que ia ser, porque se vendeu uma gripe que já tinha tomado conta do mundo inteiro. Eu penso que ela existe, é grave, mas aqui no Brasil nós estamos cuidando para evitar que se alastre para outras pessoas”, disse Lula no programa Café com o Presidente. Já o porta-voz da OMS afirmou que, “na avaliação médica, não podemos ainda baixar a guarda”. Segundo Lula, não há razões para pânico. “Precisamos é ter cuidado, e isso o Ministério da Saúde está trabalhando.”

Lula disse que a entrada de pessoas no País está sendo fiscalizada “e as que estão com o vírus, algumas já estão totalmente curadas, outras ainda estão em observação”. O presidente afirmou ainda que “os cuidados do ministério vão redobrar nos próximos dias”. “A gente vai intensificar a vigilância e, ao mesmo tempo, intensificar o tratamento das pessoas doentes.”

Para a OMS, há risco de surtos aparecerem no inverno no Hemisfério Sul. Não há garantia de que os casos continuarão suaves nem está descartada pandemia. “Os governos precisam estar preparados, reforçar a vigilância e, com a chegada em breve do inverno no Hemisfério Sul, esperamos aumento de casos”, alertou Hartl.

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