Novo ministro do Irã é réu no caso Amia

O procurador argentino Alberto Nisman revelou ontem que o indicado do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, para a chefia do Ministério da Defesa esteve envolvido no atentado de 1994 contra Associação Mutual Israelense Argentina (Amia), que deixou 85 mortos. Procurado pela Justiça argentina, Ahmad Vahidi é alvo de um mandado internacional de busca da Interpol, expedido em 2007.

À época do atentado, Vahidi comandava a Força Quds da Guarda Revolucionária do Irã, principal elo com o Hezbollah e responsável pelas operações internacionais de Teerã. Segundo investigações, a unidade teria planejado o atentado contra a organização judaica de Buenos Aires, enquanto o Hezbollah conduziu a operação.

“Está demonstrado que Vahidi foi uma pessoa chave na preparação e, em uma reunião realizada no Irã, em agosto de 1993, aprovou a decisão de atacar a Amia”, disse Nisman.

Desde 1994, o procurador investiga a explosão, o mais violento atentado terrorista da história da Argentina e o pior ataque a um alvo judaico fora de Israel desde o fim da 2ª Guerra.

Ontem, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ian Kelly, qualificou a indicação de Vahidi de “perturbadora”. O atual presidente da Amia, Guillermo Borges, disse estar “completamente surpreso e revoltado” com a nomeação.

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