Na Grécia, greve de taxistas ameaça setor de turismo

Os taxistas gregos decidiram estender por tempo indeterminado uma greve contra o projeto de desregulamentação da profissão. A decisão foi tomada após o sindicato da categoria ter comunicado que não conseguiu sequer uma reunião com funcionários do Ministério dos Transportes.

Um comunicado da federação dos taxistas divulgado na noite de ontem diz que a paralisação não tem data para acabar. A ação, realizada no período no qual o turismo é mais intenso no país, criou enormes congestionamentos na segunda-feira, principalmente na capital Atenas.

Milhares de táxis amarelos realizaram ações coordenadas nas estradas que levam a Atenas e outras cidades. O sindicato das operadoras de turismo gregas, o Hatta, disse na segunda-feira que o turismo mais uma vez é vítima de “interesses corporativos”.

Os taxistas realizaram sua primeira greve no último dia 5, depois que as negociações entre a Federação Pan-helênica de taxistas e o ministro dos Transportes Yannis Ragoussis não deram resultado. O porta-voz do governo, Ilias Mossialos disse que a greve é irresponsável.

O ministro do Turismo, Georges Nikitiades, pediu que os taxistas sindicalizados ajam com moderação para não atingir a indústria do turismo, que tem grande importância para a economia da Grécia, principalmente no atual cenário de crise econômica.

O projeto do governo de desregulamentar a profissão, que está no centro da disputa, é parte de uma política mais ampla para a abertura à competição de uma série de indústrias e profissões, com o objetivo de desenvolver a economia do país.

A medida é uma resposta à pressão da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que concederam um pacote de ajuda ao país no valor de 110 bilhões de euros em maio de 2010. Em troca, o governo introduziu uma série de medidas de austeridade, bastante impopulares, para estabilizar as finanças públicas. As informações são da Dow Jones.

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