Mantida absolvição de suspeito de ataques a Madri

A Suprema Corte da Espanha ratificou nesta quinta-feira (17) a absolvição de um dos principais suspeitos de participação nos atentados de 11 de março de 2004 contra Madri. A máxima instância da justiça espanhola decidiu que o egípcio Rabei Osman, sentenciado a oito anos de prisão na Itália, não poderia ser condenado novamente pelo mesmo crime, disse uma fonte no tribunal.

Osman foi um dos três supostos mentores dos ataques contra o sistema de transporte público da capital espanhola absolvidos da acusação de homicídio em massa durante um julgamento realizado em outubro passado. A promotoria pública espanhola alegou, sem sucesso, que Osman estava recorrendo da sentença na Itália, o que justificaria o processo contra ele na Espanha.

Nos atentados de 11 de março de 2004, dez bombas escondidas em mochilas explodiram a bordo de quatro trens lotados de passageiros. Ao todo, 191 pessoas morreram e pelo menos 1.800 ficaram feridas, no pior atentado promovido por extremistas islâmicos em solo europeu. Vinte e oito pessoas foram levadas a julgamento pelos ataques, das quais 21 foram condenadas e sete, inclusive Osman e mais dois supostos mentores intelectuais, foram absolvidas.

Uma investigação de dois anos dos espanhóis concluiu que os atentados foram realizados por radicais locais, inspirados pelo chamado da Al-Qaeda às armas, porém sem nenhuma ligação direta com o grupo de Osama bin Laden.

A decisão de Suprema Corte praticamente encerra o caso. Apelos podem ainda ser feitos à Corte Constitucional espanhola, mas apenas sob supostas alegações de que a Constituição foi violada. Osman foi preso na Itália, em junho de 2004. Ele foi transferido para a Espanha no ano passado, depois retornou para a Itália para cumprir o resto da pena.

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