Mais países europeus prometem apoio à candidatura palestina

Espanha, Suíça, Dinamarca, Irlanda e Noruega se uniram à França e à Áustria hoje e declararam apoio à candidatura palestina ao status de Estado observador não-membro da ONU (Organização das Nações Unidas). O pedido será feito, em forma de resolução, perante a Assembleia Geral, amanhã.

O status de “Estado observador não-membro” deixa o Estado palestino a um passo da representação plena na ONU e lhes dará acesso à TPI (Tribunal Penal Internacional) e a outros organismos internacionais.

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, lidera a campanha e diversos governos europeus estão ansiosos para lhe apoiar após um conflito de oito dias neste mês entre Israel e os islâmicos da faixa de Gaza, que prometeram a destruição de Israel e se opõem aos esforços dele pela paz negociada.

O Reino Unido, aliado dos EUA, disse que deverá se abaster, a menos que os palestinos garantam que não processarão Israel no TPI.

Entre as principais exceções está a Alemanha, que anunciou que não apoiará a mudança no status, unindo-se a Israel e aos EUA, para quem o único caminho genuíno para a obtenção de um Estado palestino seria diálogo direto com o Estado judaico e um acordo de paz.

O diálogo está emperrado há dois anos, principalmente por causa dos assentamentos israelenses construídos na Cisjordânia, que estão aumentando, embora sejam considerados ilegais pela maior parte do mundo.

Abbas prometeu relançar o processo de paz imediatamente depois da votação na ONU, informou o Ministério das Relações Exteriores da Suíça, ao dar seu apoio a uma condição de Estado palestino mais pleno.

O Departamento de Estado americano chegou a informar na segunda-feira que, se o texto for aprovado, não terá uma resposta favorável do Congresso para conceder os US$ 200 milhões de ajuda prometidos para os palestinos. Israel também ameaçou com represálias, como bloquear os impostos que o país arrecada em nome da ANP e reduzir o número de permissões de trabalho para os palestinos.

Por sua parte, a Liga Árabe prometeu conceder à futura Palestina US$ 100 milhões mensais, caso haja reação.

Voltar ao topo