Líder morto das Farc teria mandado matar mais de 200

Ivan Ríos, membro da cúpula das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) morto na semana passada por um de seus seguranças, mandou executar mais de 200 rebeldes entre 2005 e 2007, segundo informações que estavam em seu computador, publicou esta quinta-feira (13) o jornal colombiano El Tiempo. O jornal, que disse ter obtido a informação de fontes militares, divulgou que no computador de Ríos havia relatos sobre os "conselhos de guerra", com os nomes dos rebeldes acusados de infiltração nas Farc, dos "juízes" designados pelos guerrilheiros e do "júri".

O diário destacou que, no final, ocorriam as votações, que quase sempre terminavam em condenação. Na maioria dos julgamentos, os rebeldes eram acusados de infiltração, mas a pena máxima também era aplicada em casos de desobediência ou faltas menores. Ríos e sua namorada foram mortos pelo guerrilheiro Pablo Montoya, conhecido como Rojas, que decepou a mão do líder rebelde e a levou, com documentos e o computador, às autoridades para comprovar sua identidade. As evidências coincidem com as declarações de Rojas, que descreveu Ríos como um matador implacável.

Rojas disse ter matado Ríos porque acreditava que o líder rebelde desconfiava dele e pretendia submetê-lo ao "conselho de guerra". Segundo Rojas, Ríos ficou paranóico ao saber da morte de Raúl Reyes – numa ofensiva militar colombiana em território equatoriano no dia 1º – e acreditava que seu acampamento seria atacado. Reyes era o "número 2" das Farc.

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