A Suprema Corte de Justiça do Peru ratificou nesta terça-feira (15), em última instância, a condenação do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) a seis anos de prisão por ter ordenado a invasão da casa da esposa de seu ex-chefe de Inteligência e ex-conselheiro, Vladimiro Montesinos, em 2000, segundo informou a promotoria de Lima.
O fiscal supremo adjunto, Avelino Guillén, disse que os advogados de Fujimori não podem mais apelar da sentença.
A invasão da casa de Trinidad Becerra acorreu em meio ao maior escândalo de corrupção do Peru, derivado da deposição do ex-ditador. Na ocasião, Fujimori levou material confidencial que estava na residência de Trinidad quando fugiu para o Japão.
Fujimori foi considerado culpado pelo crime de usurpação de funções, por ter instigado a invasão, pelo vogal supremo instrutor, Guillermo Urbina. Seus advogados pediram a redução da pena alegando que o ex-presidente foi condenado como instigador e não como autor do delito, mas a segunda Sala Penal Especial da Suprema Corte negou a apelação.
Desde setembro do ano passado, Fujimori, de 69 anos de idade, está detido em dependências policiais após ser extraditado do Chile para ser julgado por dois casos de violação aos direitos humanos e cinco de corrupção.