Juiz chileno rejeita pedido para extraditar Fujimori

Em uma resolução de primeira instância, o juiz chileno Orlando Alvarez rejeitou nesta quarta-feira (11) o pedido de extradição do ex-presidente Alberto Fujimori, requerido pela Justiça do Peru, que o acusa de corrupção e violações de direitos humanos.

Em Lima, os seguidores de Fujimori reagiram com cautela à notícia. Carlos Raffo, congressista do partido fujimorista Aliança para o Futuro, disse que a decisão do magistrado chileno marca "um passo decisivo para a liberação de Fujimori", mas ele adiantou que seu grupo ainda não vai "celebrar" a vitória por enquanto.

"Quero pedir que os fujimoristas peruanos mantenham a calma, já que o processo ainda continua e temos que manter a mesma atitude de prudência como temos mantido até este momento", afirmou o parlamentar. Apesar da resolução favorável, Fujimori se mantém em prisão domiciliar na capital chilena enquanto a Suprema Corte confirma ou revisa a sentença deliberada em primeira instância.

Contrariada com a decisão do juiz chileno, a ministra da Justiça do Peru, María Zavala, lamentou o resultado, declarando tratar-se de uma derrota para seu país. "Perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra. Já demos instruções para que os advogados entrem com recurso", afirmou.

Fujimori, atualmente com 68 anos, governou o Peru entre 1990 e 2000. O Estado peruano quer sua extradição para processá-lo por dez acusações de corrupção e pelas chacinas de Barrios Altos e da Universidade La Cantuta, em que morreram 25 pessoas.

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