Israel segue com ataques em Gaza e destrói mesquita

Israel não demonstra sinais de que vai reduzir a ofensiva contra o grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza, que chegou ao sétimo dia. Ataques destruíram imóveis de vários membros do grupo nesta sexta-feira (2) e bombardeios atingiram uma de suas mesquitas, um dia depois da morte de um importante líder do grupo, Nizar Rayan.

No que pareceu ser uma nova tática israelense, os militares telefonaram para ao menos alguns dos imóveis para alertar os moradores sobre ataques iminentes. Em alguns casos, as aeronaves também dispararam bombas para alertar os civis antes de derrubar as casas com mísseis, de acordo com relatos de palestinos e oficiais israelenses.

Israel lançou um ataque aéreo no sábado passado sobre Gaza, em uma tentativa de interromper semanas de intensificação dos disparos de mísseis a partir do território palestino. A ofensiva foi um duro golpe para o Hamas, mas não acabou com os disparos por parte do grupo. Novos ataques hoje atingiram apartamentos em uma cidade no sul de Israel. Nenhum ferimento grave foi relatado.

Depois de destruir complexos de segurança do Hamas no início da operação, Israel voltou sua atenção para os líderes do grupo. Em ataques atrás de ataques hoje, aviões militares israelenses atingiram cerca de 20 imóveis supostamente pertencentes a militantes do Hamas e a membros de outros grupos armados, segundo palestinos.

Crianças

A maior parte dos alvos pertenciam a líderes ativistas e pareciam estar vazios no momento do bombardeio. No entanto, um homem foi morto em um campo de refugiados de Jebaliya no norte de Gaza. Ataques aéreos separados mataram cinco outros palestinos – incluindo um adolescente no leste da Faixa de Gaza e três crianças que brincavam no sul do território, de acordo com o representante do Ministério da Saúde, Moaiya Hassanain.

Mais de 400 palestinos foram mortos e cerca de 1,7 mil ficaram feridos na campanha israelense. O número de combatentes e civis mortos não é claro, mas o Hamas afirma que cerca de metade das vítimas são membros de sua força de segurança. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 60 dos que perderam a vida são civis, 34 deles crianças.