Israel não se opõe à presença da Síria em acordo de paz

O governo de Israel informou que "não vê problema" em sentar-se ao lado da arquiinimiga Síria em uma conferência de paz patrocinada pelos Estados Unidos. O anúncio israelense veio à tona após Washington ter anunciado que convidaria Damasco para a conferência, cujo objetivo é viabilizar um acordo de paz definitivo entre israelenses e palestinos

Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, declarou durante um encontro com parlamentares que seu país não tem interesse em um conflito armado com a Síria e manifestou-se confiante de que a recente tensão entre os dois inimigos esvaecerá

Olmert tenta aplacar os temores de um possível choque entre Damasco e Tel-Aviv, alimentados pela denúncia síria de que aviões israelenses invadiram seu espaço aéreo no último dia 6. Israel não se pronunciou publicamente sobre a incursão

O governo israelense critica sistematicamente o sírio por seu apoio a organizações radicais palestinas como o Hamas e a Jihad Islâmica, assim como ao grupo guerrilheiro libanês Hezbollah. Os EUA, por sua vez, consideram a Síria um "país patrocinador de terrorismo"

No domingo, porém, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, anunciou que os principais países árabes, inclusive a Síria, seriam convidados para a conferência de paz que o presidente americano, George W. Bush, pretende promover ainda este ano. Rice manifestou a esperança de que todos os países árabes convidados enviem representantes. O governo sírio ainda não se pronunciou sobre o convite

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