Israel considera proposta de trégua do Hamas

Israel está considerando uma proposta de trégua do Hamas entregue pelo Egito, informaram oficiais israelenses depois de um dia de ataque aéreos e terrestres contra militantes palestinos em Gaza que deixaram sete mortos. Os oficiais, que exigiram anonimato, disseram que a proposta do Hamas se limitava à suspensão de lançamento de foguetes de fabricação caseira em troca do fim das operações militares israelenses em Gaza. O Hamas teria dado garantias de que imporia a trégua aos grupos militantes responsáveis pelos lançamentos – a Jihad Islâmica e os Comitês de Resistência Popular.

Também nesta quinta-feira (20), pelo menos três pessoas morreram e 20 ficaram feridas em uma nova ação israelense contra a Faixa de Gaza, segundo funcionários palestinos. Informações do Exército israelense, no entanto, dão conta de sete vítimas fatais na operação. A nova incursão militar teve como alvo militantes palestinos que disparam foguetes rústicos na direção de Israel. Um foguete caiu perto de uma escola na cidade israelense de Sderot, informou Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia de Israel. Não houve vítimas, mas o governo israelense prometeu manter suas ações militares contra Gaza. Ao longo dos últimos seis anos, 12 pessoas morreram em disparos de foguetes rústicos na direção de Israel.

Os novos episódios de violência ocorrem apenas um dia depois da oferta de trégua do Hamas e dois dias após 12 militantes palestinos terem morrido em ataques israelenses. Haim Ramon, vice-primeiro-ministro de Israel, alegou que a oferta é "uma prova" de que a estratégia de cerco a Gaza está funcionando. Na incursão militar, um grupo de soldados operava na região central quando duas pessoas armadas foram avistadas. Os militares israelenses então abriram fogo e mataram os dois, segundo a versão do Exército.

Violência

Mais uma pessoa morreu em outros episódios de violência ocorridos durante a incursão de hoje, informaram fontes hospitalares. A terceira vítima ainda não foi identificada e não se sabe se ela era civil ou estava envolvida com grupos rebeldes. Um dos mortos identificados era filiado ao grupo extremista Jihad Islâmica e o outro militava nos Comitês de Resistência Popular, informaram as organizações radicais palestinas.

Além das três mortes confirmadas, o comando militar israelense afirma que seus soldados abriram fogo e mataram mais quatro palestinos armados no decorrer da incursão. De acordo com médicos palestinos, 20 pessoas ficaram feridas nos ataques.

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