Hamas faz raro apelo a Israel para acabar com combates

Um membro do movimento Hamas fez um raro apelo hoje a Israel para que acabe com os combates na fronteira com Gaza, afirmando a uma rádio israelense em hebreu fluente que o Hamas está pronto para acabar com o uso de foguetes se Israel parar com seus ataques a Gaza.

O vice-ministro das Relações Exteriores do Hamas, Ghazi Hamad, deu essas declarações à estatal Radio Israel enquanto os combates continuavam neste domingo. “Estamos interessados na calma, mas queremos que o Exército israelense encerre suas operações”, disse ele em hebreu.

O Hamas se recusa a reconhecer Israel, mas Hamad e outros líderes do grupo militante islâmico aprenderam hebreu quando foram presos em Israel. Outras autoridades do Hamas disseram estar em contato com mediadores na esperança de restabelecer a calma.

Hamad falou pouco depois de militantes palestinos em Gaza terem atirado foguetes e morteiros contra o sul de Israel. Não há relatos de feridos, e Israel não retaliou.

Líderes israelenses enviaram mensagens mistas no domingo. O ministro da Defesa, Ehud Barak, disse que se os militantes em Gaza acabarem com seus ataques, Israel fará o mesmo.

Mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu adotou uma posição mais combativa. “Se os ataques a cidadãos e soldados israelenses continuarem, a resposta será ainda mais dura” do que tem sido, disse Netanyahu a seu gabinete.

A violência aumentou há uma semana, quando o ataque aéreo israelense matou três militantes do Hamas que segundo Israel estavam planejando um sequestro na fronteira. Na quinta-feira, militantes do Hamas atiraram um míssil antitanque guiado contra um ônibus escolar israelense, ferindo duas pessoas.

Desde quinta-feira, palestinos atiraram mais de 120 foguetes e morteiros contra o sul de Israel, provocando uma série de retaliações israelenses que mataram 19 palestinos, incluindo seis civis, e feriram outros 65. Essa foi a luta mais intensa entre Israel e militantes de Gaza desde que uma grande ofensiva israelense contra o território palestino acabou em janeiro de 2009. As informações são da Associated Press.

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