EUA indiciam 11 suspeitos de espionagem para Rússia

Os 11 suspeitos de espionagem nos Estados Unidos a serviço da Rússia foram indiciados, segundo um inquérito divulgado hoje, mais de uma semana após o FBI ter anunciado suas prisões. O inquérito acusa todos os suspeitos de conspirar para atuar como agentes secretos, além de acusar nove deles de conspirar para lavagem de dinheiro.

O documento de acusação contém poucos detalhes sobre os supostos crimes que constituem as duas acusações criminais. Os réus devem se apresentar em juízo amanhã para se declararem inocentes ou culpados. Os promotores divulgaram uma cópia do indiciamento enquanto juízes federais em Boston e Alexandria, na Virgínia, assinavam ordens para que as cinco pessoas detidas em Massachusetts e na Virgínia sejam transferidas para Nova York. Todos foram acusados em Manhattan e têm de ser transferidos para lá.

As decisões legais foram tomadas em meio a relatos de que autoridades dos EUA estavam se reunindo com o embaixador da Rússia em Washington, além de relatos de que poderia haver uma troca de agentes detidos pelos dois países. O porta-voz do promotor norte-americano Preet Bharara, recusou-se a falar sobre as especulações de troca de prisioneiros.

Fiança

O juiz distrital Kimba Wood, que foi designado para o caso, assinou uma ordem nesta quarta-feira solicitando que a suspeita Vicky Palaez permaneça detida até que Wood possa ouvir a apelação do governo sobre um pacote de fiança de US$ 250 mil que foi aprovado na semana por um magistrado. A audiência de fiança de Palaez, que é cidadã norte-americana, foi marcada para sexta-feira.

John Rodriguez, advogado de Pelaez, disse que sua cliente cumpriu as exigências para ser libertada, segundo as quais ela deve permanecer em casa, onde um bracelete eletrônico vai monitorar sua localização. Os suspeitos são acusados de ter uma vida aparentemente comum nos Estados Unidos, enquanto atuavam como agentes não identificados do governo russo, enviando mensagens e acatando ordens recebidas de seus contatos russos.

Todos continuam presos, exceto um homem identificado como Christopher Metso, que foi libertado sob fiança na semana passada por um tribunal do Chipre e fugiu.

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