Especialista questiona teste alcoólico do chofer de Diana

Um especialista britânico declarou nesta quinta-feira (31) no inquérito sobre a morte da princesa Diana duvidar que uma amostra de sangue com alto teor alcoólico seja realmente do motorista francês Henri Paul. Mohamed Al Fayed, cujo filho Dodi morreu com Diana no desastre de automóvel no dia 31 de agosto de 1997, alega que os testes sanguíneos foram falsificados para incriminar o motorista que também morreu no acidente, em Paris.

Al Fayed argumenta que o casal foi vítima de um complô arquitetado pelo príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth, e executado por agentes britânicos. O professor Atholl Johnston, um farmacologista clínico, disse que suspeitou da coerência dos resultados divulgados por investigadores franceses e do alto nível de carboxihemoglobina no sangue de Paul, indicando que esteve exposto a monóxido de carbono.

Investigadores franceses relataram que Paul tinha três vezes mais do que o nível legal de álcool permitido para dirigir na França. Eles disseram que a concentração de álcool era de 1,74 gramas e 1,75 gramas por litro em duas amostras de sangue e 1,73 por litro de uma amostra de humor vítreo do olho. Johnston, que foi contratado por Al Fayed para inspecionar os testes franceses estima que a possibilidade de chegar a resultados tão próximos em três amostras é de uma em 10 mil.

"O que o senhor está sugerindo – isso sugere que os resultados foram adulterados?" perguntou o juiz Scott Baker. "Esta seria a minha interpretação", disse Johnston. Especialistas disseram que qualquer pessoa com esse nível de carboxihemoglobina teria uma terrível dor de cabeça, mas as imagens em vídeo e os relatos de testemunhas não indicam que Paul esteve se sentindo mal. Johnston disse que não parece se tratar de um erro de medição. "A explicação mais plausível é que não é o sangue de Henri Paul" ele disse.

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