O governo espanhol quer implementar uma política de "integração" para os imigrantes legais e outra "dura" para os que entram clandestinamente no país e anunciou medidas para "incentivar" que imigrantes que estão desempregados na Espanha retornem a seus países de origem.
Com a crise do setor da construção, que teve importante papel para a economia espanhola nos últimos anos, prevê-se o aumento do número de imigrantes desocupados nos próximos meses.
Entre as medidas anunciadas pelo chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, está o pagamento de seguro desemprego e de microcréditos que permitam aos imigrantes que retornem a seus países retomar suas atividades econômicas.
Xenofobia
Um cartaz com a frase "proibida a entrada de cães e de romenos" colocado por um comerciante de Maiorca na porta de seu estabelecimento, após sofrer vários roubos, gerou grande polêmica na Espanha. O cartaz foi retirado pela polícia local.
O porta-voz da comunidade da província romena de Dácia na ilhas espanholas de Baleares, Gabriel Nastase, comparou o cartaz aos "da Alemanha nazista que proibiam a entrada de cães e judeus".
A Espanha conta com a maior comunidade de imigrantes romenos na Europa — 525 mil romenos vivem no país legalmente — que forma a segunda maior comunidade de imigrantes residentes na Espanha, atrás apenas dos 575 mil marroquinos que vivem no país.
Atualmente, os imigrantes representam 10% da população espanhola, e podem chegar até 17,3% dos habitantes de algumas regiões, como Barcelona.