Espanha lembra vítimas no 5º aniversário de atentado

As famílias das vítimas dos atentados contra os trens de Madri depositaram flores nesta quarta-feira (11) para marcar o quinto aniversário do pior ataque terrorista islâmico na Europa, que deixou 191 mortos e 1.800 feridos. O primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero estava no Parlamento durante o minuto de silêncio para lembrar as vítimas. Já os familiares levaram coroas de flores às três estações ferroviárias nas quais ocorreram os ataques aos trens, em 11 de março de 2004. “Eu me sinto terrível, cheia de ódio, dor e desespero”, disse Angeles Perez, que perdeu a filha Miriam em um dos trens. “As memórias permanecem a cada dia.”

Parentes e vítimas se reuniram na estação Atocha e em outros pontos alvos dos extremistas em 2004. “Cinco dias depois, a cada dia fica mais difícil, apesar de aparentemente vivermos vidas normais”, notou Javier Gilmero, que estava no trem atacado perto de Atocha. Vinte e oito pessoas, a maioria do norte da África, foram julgadas em 2007 pelos ataques. Foram condenadas 21 delas por participação nos atentados.

Militantes muçulmanos reivindicaram o ataque, argumentando que se vingavam da presença de mantenedores de paz espanhóis no Iraque e no Afeganistão. Dos 21 culpados, 15 permanecem na prisão. O Partido Socialista, de Zapatero, venceu as eleições gerais realizadas três dias após os atentados. Na ocasião, derrotou o governo conservador que apoiara a invasão liderada pelos Estados Unidos no Iraque. O governo conservador enviou as tropas para o Iraque e inicialmente tentou culpar separatistas bascos pela violência.