Eleições na Libéria são prejudicadas por boicote

O segundo turno das eleições presidenciais, que deveriam ocorrer nesta terça-feira para consolidar a paz na Libéria, foi prejudicado por um boicote às urnas convocado pelo candidato da oposição, Winston Tubman, apesar dos apelos dos Estados Unidos e do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Mesmo assim está garantida a reeleição da primeira e única mulher do continente eleita democraticamente, a prêmio Nobel da Paz Ellen Johnson Sirleaf. No entanto, observadores e especialistas se preocupam que o baixo comparecimento possa retirar o crédito da vitória de Sirleaf e deslegitimar seu governo.

Tubman, sobrinho de um dos presidentes com mais tempo de serviço no país e ex-diplomata da ONU, saiu da corrida presidencial na semana passada e convocou seus eleitores a não votar como forma de protesto. Os EUA classificaram as alegações de fraude dele contra a presidente como “sem fundamento” e a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, considerou a decisão “muito decepcionante”. As filas eram poucas em muitos locais da capital e horas após a abertura da votação, muitas das urnas não tinham filas.

A perspectiva é preocupante no país de 3,9 milhões de habitantes que passou por uma das mais terríveis guerras civis da África e onde a paz frágil é mantida com a presença de nove mil soldados da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta segunda-feira, pelo menos quatro manifestantes oposicionistas foram mortos num protesto de boicote da oposição, informou a AFP. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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