Corte Internacional faz investigação na Costa do Marfim

A Corte Criminal Internacional investigará três a seis pessoas na Costa do Marfim por suas ações durante a violenta crise política que durou seis meses, informou Luis Moreno-Ocampo, promotor do tribunal. “Focaremos os [casos] mais odiosos e os principais responsáveis”, afirmou, durante uma visita ontem à Costa do Marfim, como parte da investigação recém-aberta pela corte sobre crimes de guerra e contra a humanidade.

Moreno-Ocampo disse que autoridades nacionais devem investigar outros suspeitos. O promotor afirmou que os nomes dos suspeitos não serão divulgados até que ele colete evidências e os juízes as avaliem. “Eu não sei [quem são eles] ainda.”

No começo deste mês, os juízes da corte autorizaram o promotor a investigar as violências cometidas após novembro de 2010. Ontem, Moreno-Ocampo disse que a investigação deve remontar aos atos violentos cometidos desde 2002. “Hoje, as pessoas se ofereceram para nos fornecer mais informações”, disse ele. “Os juízes demandam mais informação e nós a providenciaremos.”

Grupos de Direitos Humanos pediram que a corte investigue as violências cometidas antes das eleições, quando a nação mergulhou em uma guerra civil. O ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, não convocou eleições quando seu mandato acabou em 2005.

Após uma pesquisa conduzida em novembro de 2010, Gbagbo se recusou a aceitar sua derrota eleitoral. Milhares de pessoas morreram durante o impasse político que se seguiu. Moreno-Ocampo não se encontrou com Gbagbo durante a visita, mas afirmou que provavelmente pedirá a seus advogados para entrevistá-lo. As informações são da Associated Press.

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