Um dos cientistas britânicos mais prestigiosos, David King, advertiu sobre uma iminente “catástrofe climática” devido ao rápido aquecimento da Terra e alertou: “Voltaremos a viver uma era semelhante à da extinção dos dinossauros”.
Em uma exposição na Câmara dos Lordes, King pediu que se tomem “ações urgentes” para evitar “um colapso climático nos próximos anos”, ao sublinhar que o nível de dióxido de carbono na atmosfera é o mais alto dos últimos 65 milhões de anos.
“Exatamente desde o Paleoceno, quando a grande maioria dos dinossauros se extinguiu. Durante esse período, o único lugar habitável foi a Antártida, o resto do planeta era virtualmente inóspito”, explicou o cientista, que exigiu que se reduza o nível de partículas de dióxido de carbono, e se estabeleça o limite de 450 partículas por milhão.
O nível atual varia entre 370 e 400 partículas por milhão, “e caso cheguem a 550, as camadas polares se derreterão”.
“A onda de calor que castigou a Europa no verão (do hemisfério norte) de 2003 foi responsabilidade direta do homem e demonstra que o pior ainda está por vir”, acrescentou o especialista em climatologia.
Além disso, ele explicou que o aquecimento da Terra e as mudanças climáticas “são um perigo muito superior ao terrorismo internacional”.
“Tanto Washington como Londres estão falhando em dar soluções concretas sobre esse tema. O tempo está passando e não vemos avanços, mas retrocessos”, disse o cientista diante dos lordes britânicos.
King também acusou a multinacional americana do petróleo Exxon, por patrocinar campanhas que tentam desacreditar as teorias sobre o aquecimento da Terra, ao sugerir que os cientistas “estão todos divididos e não se colocam de acordo sobre o tema”.