Bahrein envia médicos para tribunal militar

Autoridades do Bahrein enviaram 47 funcionários do setor de saúde para um tribunal militar, após acusá-los de abusar de seus cargos e participar de protestos contra o regime que foram reprimidos em março. Os réus são 24 médicos e 23 enfermeiros, afirmou o governo local, em comunicado divulgado no fim do dia de ontem, segundo o qual a promotoria militar já apresentou várias acusações contra eles.

As autoridades estabeleceram uma corte militar após o rei Hamad declarar um estado de segurança nacional, um nível baixo da emergência, um dia antes de as forças de segurança reprimirem protestos dominados por xiitas exigindo reformas democráticas.

Os médicos trabalhavam todos no Salmaniya Medical Complex, na capital Manama, que foi invadido por forças de segurança em 16 de março. Antes, as tropas oficiais haviam expulsado manifestantes da Praça Pearl, que fica perto do hospital. Na ocasião, a imprensa estatal do Bahrein acusou os médicos de simpatizarem com os manifestantes e fazer do hospital um local de protesto.

O governo disse que os 47 foram acusados por se recusar a atender pessoas necessitadas, desvio de fundos, agressão, agressão que resultou em morte, posse não autorizada de armas e munição, pela recusa a realizar os deveres médicos e por colocarem a vida de pessoas em risco. Também foram acusados por abuso de autoridade, detenção ilegal e tentativa de ocupar um prédio à força, além do incitamento ao uso da força para derrubar um regime político. As informações são da Dow Jones.

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