Argentina desperta com novos protestos de ruralistas

A Argentina despertou nesta quarta-feira (28) com os protestos redobrados de produtores rurais. Sem uma solução para a crise, o governo de Cristina Kirchner endureceu sua postura e provocou uma dura reação dos produtores agrícolas. A crise de quase 80 dias parece alcançar seu momento de maior tensão. Depois de mobilizar 300 mil pessoas em um ato de apoio ao agronegócio, no último domingo os produtores estão novamente mobilizados em todo o país.

Uma nota oficial emitida pelas quatro entidades rurais determinou que a partir da zero hora desta quarta-feira não haverá comercialização de grãos e na quinta-feira ocorrerá o mesmo com os negócios de gado para o abate. Também preparam concentrações e mobilizações em prefeituras e governos regionais e no Congresso Nacional.

A nota disse que o governo "busca qualquer justificativa para dilatar soluções" aos problemas apresentados pelas entidades, como as altas alíquotas das "retenções" (imposto de exportação), que para o setor agropecuário passaram a variar conforme os preços internacionais dos grãos, desde o dia 11 de março.

O novo plano de luta foi anunciado ontem à noite, após um duro comunicado do Partido Justicialista (PJ), liderado pelo ex-presidente Néstor Kirchner. A primeira reunião que Kirchner convocou do PJ, os 28 integrantes da mesa diretora compareceram e assinaram um documento que acusa os produtores de rurais de golpistas e reafirmou o modelo econômico do país.

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