Aliança de bolsas permitirá dupla listagem, diz Edemir

Rio, 12 – O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, afirmou que a aliança anunciada hoje entre bolsas do Brasil, Rússia, Índia, Hong Kong e África do Sul, que está sendo chamado de bolsas dos Brics, permitirá que, no futuro, algumas dessas instituições possam ter dupla listagem de produtos. Nem todos os mercados serão contemplados, e a medida não será aplicada no curto prazo, afirmou. Segundo ele, a união favorecerá a valorização dos papéis dessas bolsas. “O que posso dizer é que a partir deste momento os papéis destas bolsas vão ficar mais caros”, afirmou.

Todos os produtos dentro da aliança serão negociados em moeda local, segundo os presidentes das entidades reunidos hoje na reunião anual da Federação Mundial de Bolsas na África do Sul.

Segundo eles, que anunciaram hoje um acordo sem precedente de aliança das bolsas, a união veio da percepção de que há uma oportunidade para o mercado destes países, em crescimento, expandir globalmente num momento em que os seus rivais, em mercados desenvolvidos na Europa e nos EUA, enfrentam desafios.

Segundo eles, foi percebido um claro interesse dos investidores em produtos de países emergentes. De acordo com Edemir, o acordo de bolsas com a bolsa de Chicago (CME), como a BMF&Bovespa possui, não conflita em nada com a aliança anunciada hoje. Ele disse que há projetos de “cross-listing” que correm em paralelo com a CME, mas não estão inseridos neste acordo. (Sabrina Valle)

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