Pelo menos 17 civis foram mortos nesta quinta-feira quando o exército da Somália, apoiado por forças de paz da União Africana, lançou ataques coordenados contra insurgentes islâmicos na capital Mogadíscio, segundo o governo. O chefe do serviço de emergência de Mogadíscio, Ali Muse, informou que entre os mortos estão seis mulheres e uma família de cinco pessoas cuja casa foi destruída pelo bombardeio. Muse afirmou que pelo menos 61 civis foram feridos durante os bombardeios e os tiroteios que começaram no norte da cidade.
Um oficial militar somaliano clamou vitória e disse que as forças do governo vão se manter nas áreas ocupadas. “Afastamos os insurgentes de uma grande parte da capital e não vamos desocupar o espaço conquistado como costumávamos fazer antes”, declarou o general Ali Araye, comandante da infantaria. Ele também afirmou que haverá ofensivas mais fortes contra os insurgentes. Araye, entretanto, disse que este não é o começo da tão esperada ofensiva do governo para tirar os insurgentes de Mogadiscio.
O porta-voz do Al-Shabab, xeique Ali Mohamud Rage, negou que sua milícia tenha sido derrotada durante o ataque. Rage afirmou que, ao contrário, seu grupo teria infligido baixas às tropas do governo, mas não deu nenhum número. O general Araye se recusou a comentar sobre baixas.
A ofensiva do governo somaliano contra insurgentes tem sido repetidamente adiada desde o começo do ano. Mas, agora, os militares parecem determinados a derrotá-los. Mogadíscio é o epicentro do conflito somaliano que já dura 19 anos e os insurgentes islâmicos controlam boa parte da cidade. Eles tentam derrubar o atual frágil governo há anos. A Somália está sem um governo central firme desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi deposto. As informações são da Associated Press.