Ministro da Saúde: para combater a dengue é preciso se antecipar aos problemas

O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, tem elevada capacidade de adaptação e a melhor maneira de combatê-lo, de acordo com o Ministério da Saúde, é a prevenção. A partir deste mês os cuidados devem ser redobrados, pois com a chegada da estação chuvosa, entre dezembro e março, o risco de proliferação é maior porque aumenta o acúmulo de água parada, possibilitando a reprodução do mosquito.

Segundo o ministro da Saúde, Saraiva Felipe, uma das medidas de combate tem sido se antecipar aos problemas. Ele lembrou que a dengue causa apreensão, sobretudo nesta época, porque em todas as regiões do país a temperatura alta e a chuva dão as condições ideais para a reprodução do Aedes aegypti.

O ministro destacou que 80% dos focos do mosquito estão dentro ou em volta das residências, dái porque a população precisa entrar na luta contra o mosquito, de modo a evitar uma nova epidemia de dengue. No Brasil, a última epidemia ocorreu em 2002.

Entre as principais providência que devem ser tomadas no dia-a-dia para combater o mosquito estão tampar os depósitos de água, como caixas d’água, tanques, tinas, poços e fossas; evitar o acúmulo de lixo, evitar o acúmulo de água em pneus velhos; guardar garrafas vazia com o bocal para baixo; colocar areia nos pratos de vasos de plantas e lavá-los regularmente com escova, já que os ovos do mosquito pode grudar nas paredes da vasilha e resistir por longos períodos, inclusive de seca.

Para ajudar a população, os chamados mata-mosquitos, funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) aplicam inseticida nas casas. Em manifestação no último dia 7, pela regularização da situação trabalhista da categoria, composta por quase 6 mil pessoas no Rio de Janeiro, cerca de 160 mata-mosquitos reuniram-se em frente ao Palácio do Planalto.

De acordo com o organizador da mobilização, Gilson dos Santos, eles trabalham por contrato temporário apesar de terem feito concurso. Em 1999, eles foram demitidos e, em 2003, reintegrados após epidemia da doença que infectou quase 800 mil pessoas em todo o país.

Os mata-mosquitos reivindicam também melhores condições de saúde. De acordo com Gilson dos Santos, cerca de 100 trabalhadores morreram de doenças provocadas pelo contato com o organofosforado e o pargamato, substâncias usadas no combate ao mosquito. Outras 258 pessoas sofrem conseqüências da contaminação e não puderam voltar ao trabalho em 2003.

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