Meirelles diz a investidores que crescimento do Brasil é sustentável

Rio – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, transmitiu hoje (5) uma mensagem positiva aos investidores estrangeiros que participaram do primeiro dia da Conferência Internacional das Câmaras de Comércio da América Latina, ao afirmar que o crescimento do Brasil é sustentável.

Meirelles disse que o crescimento do país é ancorado na maior competitividade externa do país, através do aumento das exportações e da força competitiva da economia, e também na expansão do mercado interno, no crescimento do número de empregos, da massa salarial e da renda real. Além disso, "o país está muito menos vulnerável aos choques externos, na medida em que os indicadores do setor externo estão todos melhores", acrescentou.

Para ele, a mensagem fundamental é que a economia brasileira cresce de uma forma sustentada e sustentável, em bases sólidas. Meirelles enfatizou que o Brasil tem hoje condições de enfrentar mudanças de humor no mercado internacional, sem entrar em crise. "No passado, às vezes, o mercado internacional pegava uma gripe e o Brasil pegava uma pneumonia. Agora, o mercado internacional pega uma gripe e o Brasil pode pegar uma gripe, de preferência, inclusive, uma gripe menos intensa".

Meirelles disse que, depois de passar pela hiperinflação, que talvez tenha sido "a mais longa da história recente da humanidade", o país cresce em um ritmo estável, com menos volatilidade e podendo desfrutar do caminho sustentável de crescimento. Segundo ele, o país mantém-se estável economicamente e há mais previsibilidade, além de um horizonte de planejamento mais extenso. "Isso traz um nível de investimento maior, aumenta a taxa de crescimento potencial do país", afirmou.

Diferentemente do período compreendido entre 1995 e 2002, em que eram gerados no país em média 33 mil empregos por ano, entre 2004 e 2006 a média é de 1,3 milhão de empregos por ano, informou Meirelles. Ele disse esperar que 2006 demonstre um número mais elevado. Segundo o presidente do Banco Central, apenas em abril deste ano o país tinha 226 mil novos empregos formais.

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