Mais cabides

Não há crise política ou institucional, por mais daninha que venha a ser, capaz de sofrear o ímpeto demonstrado por algumas siglas tradicionais do arco partidário brasileiro, no afã de ocupar todos os espaços possíveis nas altas esferas da administração federal.

É o caso flagrante do PMDB, no qual não poucos desenxabidos ante a solução final de sair e apagar a luz cumprem o ritual de purgação, aos pés da conspurcada legenda de um partido que foi o baluarte inexpugnável da redemocratização e fez inteira justiça à idolatrada flâmula do ?MDB velho de guerra?.

O partido que foi canibalizado pela dominação dos avestruzes mais emblemáticos do cartorialismo político que infelicita o País desde a República, sequer se preocupa em manter discrição na disputa por cargos. Bate o pé e exige!

A pressão é de tal ordem que o Planalto instruiu a direção do Banco do Brasil a dividir em duas a vice-presidência de Governo e Agronegócio, a fim de acomodar o ex-governador goiano Maguito Vilela e o ex-ministro da Agricultura Luiz Guedes Pinto.

O bafio fisiológico do PMDB chegou também à Caixa, onde novos cabides serão providenciados para pendurar os paletós do ex-presidente do partido, Paes de Andrade, e do ex-governador e deputado federal Moreira Franco, vítimas da iniqüidade do desemprego.

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