O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, em discurso no Palácio do Planalto, que não tem uma solução para o problema da educação no País, mas que é preciso "resgatar 3 milhões de jovens" para que não entrem na criminalidade. Lula rejeitou a proposta, em debate no País, de se reduzir de 18 anos para 16 anos a idade a partir do qual o jovem que praticar crimes pode ser preso, julgado e condenado.
Na avaliação do presidente, o problema da criminalidade entre os jovens tem origem na falta de investimentos no setor educacional. "Esses jovens são filhos da década de 1980. São resultado de um ‘milagre brasileiro’ que não distribuiu renda, de políticas concentracionistas e elitistas. Essa política não pensava em educação de qualidade para todos, só para aqueles que faziam parte de uma casta", declarou Lula.
Ele se declarou aberto a ouvir todos os setores e todos os partidos para "quitar a dívida" que o Estado brasileiro tem na área da educação e atenção aos jovens. De acordo com estimativa mencionada por Lula, são 3 milhões de jovens que precisam ser "resgatados" no País para que não caiam na criminalidade, principalmente nas grandes cidades.