Lula reitera solidariedade brasileira no combate à aids no continente africano

O presidente Luiz Inácio Lula reiterou hoje ao presidente de Botsuana, Festus Mohae, a disposição do governo brasileiro de prestar solidariedade a todo o continente africano no combate à aids. Durante almoço oferecido ao presidente botsuano, no Itamaraty, Lula disse que está consciente da necessidade de se adotarem ações urgentes para enfrentar "essa terrível epidemia". Ele defendeu a conscientização como "um dos elementos centrais da luta contra o flagelo do HIV/aids".

De manhã, no Palácio do Planalto, os governos do Brasil e de Botsuana firmaram acordo de cooperação técnica que deve beneficiar futuros projetos no campo da prevenção da aids. O acordo tem vigência de cinco anos e pode ser prorrogado por igual período. Desde 2002, os dois países mantêm cooperação no combate à doença.

Botsuana, país localizado no semi-árido da África, apresenta altos índices de contaminação pelo vírus da aids. É considerado um dos países com as maiores taxas de infecção por HIV per capita do mundo.

Além do combate à aids, os dois presidentes também discutiram hoje a cooperação internacional no combate à fome e à pobreza, o fortalecimento do multilateralismo e os assuntos financeiros e comerciais.

Lula destacou que vê grande convergência de posições dos dois países em assuntos multilaterais, em particular no que se refere à reforma das Nações Unidas. Ele agradeceu ao presidente Festus Mohae pelo apoio à aspiração do Brasil por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Além disso, reiterou a luta brasileira e africana "em favor de uma reforma que torne o Conselho de Segurança mais legítimo e representativo, com a presença de países em desenvolvimento como membros permanentes".

Durante encontro, o presidente Lula também destacou como "promissoras" as relações comerciais com Botsuana, em especial nas áreas agrícola, têxtil, turística e de serviços financeiros. Ele saudou a assinatura, pelo governo daquele país, do Acordo de Preferências Tarifárias entre o Mercosul e a União Aduaneira da África Meridional (Sacu), em março deste ano.

"Estou convencido de que o processo de liberalização comercial entre o Mercosul e a Sacu criará as condições legais e os incentivos necessários para que possamos dar vigoroso impulso no intercâmbio entre as duas sub-regiões", finalizou.

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