Lula e Alckmin defendem programas sociais na TV

Os programas eleitorais dos dois principais candidatos à Presidência da Republica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), mantiveram o foco no desenvolvimento e nas ações sociais no segundo dia do horário eleitoral na TV.

Lula enfatizou o "desenvolvimento econômico e social" em seu programa, e insistiu nas medidas realizadas durante seu governo para aumentar o emprego e a renda, através da alta do salário mínimo e a redução da inflação. Ele ressaltou a diminuição nos impostos nas cestas básicas da alimentação e da construção, que levaram a um aumento do poder do compra no País. O candidato ainda citou o crédito consignado, apontado como medida essencial para facilitar o acesso ao crédito, e a simplificação do processo de abertura de contas bancárias.

Já Alckmin prometeu "manter, ampliar e melhorar" o programa Bolsa Família, e defendeu, em seu programa, a necessidade de um "projeto nacional de desenvolvimento". Ele prometeu baixar a carga de impostos e realizar investimentos em infra-estrutura para estimular o crescimento e gerar empregos. "Mas não o desenvolvimento para ajudar banqueiro a ficar mais rico, com os juros mais altos do mundo, mas o desenvolvimento para ajudar o pobre a melhorar de vida", atacou.

Lula atacou em seu programa do PSDB, e criticou a "forte crise que o governo anterior deixou". Ele afirmou que "o Brasil pode avançar ainda mais, desde que a gente não saia do caminho certo". O programa de Lula mostrou a estrela vermelha do PT somente duas vezes, e ainda assim discretamente, durante duas rápidas vinhetas.

O programa de Alckmin exibiu novamente um resumo de sua história de vida e realizações políticas, enfatizando sua "honestidade" e "seriedade". Foram ao ar diversos depoimentos de pessoas de vários Estados do País, todas afirmando que votarão em Alckmin, mostrando a estratégia de nacionalizar o candidato, que é mais conhecido em São Paulo. Com relação à segurança, ponto fraco de seu governo no Estado, Alckmin prometeu "leis mais duras contra o crime" e trabalho para integrar as polícias.

Na mesma linha, a candidata do PSOL, senadora Heloísa Helena, bateu forte nos juros altos em seu programa, e criticou a política econômica do governo Lula. "A produção não cresce, desemprego aumenta, e o investimento público cai", atacou Heloísa. O candidato José Maria Eymael (PSDC) defendeu a "nova era de transformação" e sua "obsessão pelo desenvolvimento". Cristovam Buarque (PDT) manteve sua proposta de "revolução pela educação".

Gafes – O horário eleitoral foi também recheado de pequenas gafes, como durante o programa do PCO, que saiu em defesa do candidato Rui Pimenta, após o Tribunal Superior Eleitoral ter indeferido sua candidatura. Na tela, ao invés de pedir um repúdio ao tribunal, era exibida uma mensagem pedindo aos eleitores que enviassem "mensagem de prelúdio (sic) ao TSE". Já o candidato Luciano Bivar (PSL) advertiu os eleitores sobre a ocorrência de uma "hetacombe" (sic) com relação à ação do crime organizado.

Voltar ao topo