Lula defende programas de governo, critica Serra, Rosinha e Maia

Sem citar nomes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou indiretamente os prefeitos de São Paulo, José Serra, do Rio, César Maia, e a governadora do RJ, Rosinha Garotinho. Lula afirmou que um programa do governo federal para ajudar jovens a voltarem a cursar o ensino fundamental, com remuneração de R$ 120 mensais, o Pró-Jovem, teve 30 mil inscritos no município de São Paulo mas não funcionou "porque depende muito da prefeitura".

No município do Rio de Janeiro também de acordo com ele, o número de inscritos superou em muito a quantidade de jovens que de fato voltaram a cursar o ensino fundamental por meio desse programa. Ele afirmou que não são verdadeiras as críticas de que o governo federal destina poucos recursos para o Estado do Rio de Janeiro. De acordo com ele, contando todas as transferências, incluindo as obrigatórias, os recursos transferidos pelo governo federal equivalem a 54% de todo o dinheiro do governo do Estado. "Só em programas sociais são R$ 766 milhões por ano que o estado do Rio recebe", disse.

Segundo Lula, o governo federal queria fazer o programa Bolsa-Família junto com o governo e a prefeitura do Rio de Janeiro, "mas não foi possível". Ele disse também que o governo federal trabalhou pelo renascimento da indústria naval no Rio e lembrou a licitação da Transpetro, empresa federal, para a construção de navios. "Mas tem gente que diz que não é nossa (iniciativa), que é deles. Não quero saber quem é o pai da criança, quero saber quem é que cuida da criança", disse Lula em alusão ao governo do estado do Rio. Ele afirmou ainda "tem gente que não está gostando da gente estar aqui". Mas continuou: "É a mesma gente que deixou esse esqueleto (do Hospital Geral de Queimados), há vinte anos paralisado", disse Lula em evento na frente da construção após assinar convênio destinando R$ 40 milhões para terminar a construção do hospital, paralisada nos anos 90.

Lula voltou a lembrar que o Brasil pagou sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e foi muito aplaudido. Nesse momento, seu discurso foi interrompido com gritos de "Brasil para Frente, Lula presidente". Antes de iniciar o discurso Lula foi saudado com gritos de "ão-ão-ão, queremos reeleição". De acordo com ele, existem pessoas "que vão dizer que esse ato de Queimados é campanha eleitoral". Lula argumentou que se ele não fizesse o evento "era campanha eleitoral para eles; se eu faço é campanha eleitoral para mim". Ele concluiu que "entre fazer para eles e para nós, melhor fazer para nós aqui".

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