Lembo ironiza greve de fome de líderes do PCC

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, tratou com ironia a greve de fome iniciada domingo por 44 dos 57 detentos que cumprem pena no Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes (SP), onde há o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Entre os detentos está Marcos Willian Herbas Camacho, o Marcola, um dos líderes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

Lembo disse não estar preocupado com a greve de fome, já que, nas visitas aos domingos, familiares levam comida aos presos, alimentos que chamados de "jumbo". "Greve de fome com jumbo na cela é bastante razoável. Até eu faria", afirmou o governador no discurso na abertura do seminário sobre os dez anos do curso de Gerente de Cidade, na Fundação Armando Álvares Penteado, em Ribeirão Preto (SP).

Lembo afirmou ainda que a crise com atentados do PCC no primeiro semestre deste ano em cidades paulistas ocorreu por causa da perda de disciplina. "Hoje não quero dizer que o problema está equacionado, mas há disciplina", concluiu.

O governador Lembo elogiou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se reúne na tarde de hoje em Brasília. Em seu discurso, Lembo disse que nunca o Brasil foi tão bem equacionado como no momento atual.

Ele elogiou a capacidade de diálogo do presidente, o qual classificou como um sobrevivente por ter vindo de pau-de-arara do Nordeste até São Paulo e conseguido chegar ao principal cargo do País. "Imagine se o Brasil, na democracia, não tivesse, neste momento, um líder com a capacidade de diálogo que ele (Lula) tem", indagou.

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