Kirchner diz que adesões de Venezuela e Bolívia fortalecerão Mercosul

Rio de Janeiro – O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, disse nesta sexta-feira (19) em seu discurso durante a Reunião de Cúpula de Mercosul que o ingresso da Venezuela e o interesse da Bolívia em tornar-se membro mostram que o bloco econômico tem se tornado um importante pólo estratégico. ?Mercosul é a verdadeira esperança para o continente?, disse Kirchner, acrescentando que as duas adesões deverão fortalecer mais o grupo.

Segundo Kirchner, a Argentina está profundamente envolvida no processo de integração do continente. ?A Argentina tem apoiado [o Mercosul] em seus momentos mais difíceis e realizado os maiores esforços possíveis no sentido de avançar na direção da consolidação e progresso do bloco, tanto do ponto de vista comercial, como institucional e social?, disse.

O presidente argentino destacou, no entanto, que é necessário reduzir as assimetrias do bloco, que dificultam aos sócios menores o pleno aproveitamento dos benefícios da integração sul-americana. ?Neste sentido, queremos assegurar que as medidas a serem implementados permitam a consolidação de um processo geral de integração produtiva dos sócios?, afirmou.

Kirchner disse que o Mercosul tem se consolidado como um promotor da democracia na região. ?Assistimos com grande satisfação a consolidação de uma região cada vez mais estável e desenvolvida em termos políticos, econômicos e sociais. Não é que nos encontremos e um ponto sem contratempos, mas o certo é que, paulatinamente se vão obtendo resultados.?

Ele também afirmou que o Mercosul tem apresentado resultados significativos, como o fortalecimento da institucionalidade como a criação do Parlamento do bloco e a aprovação dos primeiros projetos a serem financiados pelo Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem).

Kirchner disse, entretanto, que é preciso desenhar uma política mais equilibrada para o bloco, como a localização de investimentos, a criação de uma nova fonte de financiamento, a consolidação de uma política comum trabalhista e energética.

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