Justiça declara greve legal e garis retornam ao trabalho em Curitiba

O julgamento realizado na manhã de hoje no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) e os advogados da Cavo, responsável pela coleta de lixo e limpeza pública em Curitiba, considerou que a greve da categoria não foi abusiva.

Além disso, a juíza Wanda Santi Cardoso da Silva determinou que todos os funcionários deveriam voltar ao trabalho até as 19 horas de hoje.

Durante a audiência foi definido que os garis vão receber um reajuste de 10% nos salários e a mesma porcentagem sobre os tíquetes alimentação. O índice proposto anteriormente pela empresa para os dois ítens era de 7,47%. Esses valores são retroativos à 1º de março, data base da categoria. Os funcionários da Cavo também vão receber o reembolso dos planos de assistência médica no valor de R$ 15.

A greve começou na manhã de segunda-feira com uma mobilização na frente da Cavo, no bairro Rebouças. Os funcionários reivindicavam 10% de reajuste salarial e 20% nos vales refeição. Em um primeiro momento, não houve acordo sobre os valores. Na primeira audiência no TRT, realizada anteontem, foi determinado que 35% dos funcionários deveriam voltar ao trabalho, pois a limpeza pública é considerado um serviço essencial.

O Siemaco diz que as atividades foram retomadas hoje pela manhã, seguindo a determinação de colocar nas ruas dezenove caminhões com três coletores cada um, no período diurno, e uma equipe de sete varredores mais um veículo com dois coletores para atender as feiras livres. Somente depois de três audiências no tribunal foi possível acabar com a greve. Mais de três mil toneladas de lixo deixaram de ser recolhidas durante a paralisação.

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