Juízes usaram telefones de escritório de advocacia

Magistrados investigados pela Operação Têmis usaram telefones móveis em nome de um escritório de advocacia apontado como pivô do esquema de venda de sentenças judiciais em São Paulo, Campo Grande (MS) e Rio. A informação foi dada por fontes que tiveram acesso ao conteúdo do inquérito. Segundo relato de autoridades que investigam o caso, essa é uma das evidências mais concretas de ?relação promíscua? entre integrantes do Judiciário e envolvidos no esquema de fraudes. O escritório suspeito é o do advogado Luiz Roberto Pardo, que seria segundo as fontes, uma ?central telefônica?.

Para investigadores, o uso dos telefones em nome do escritório poderia servir como ?canal livre? com os magistrados. O contato entre telefones em nome das mesmas pessoas ou empresas costuma ser menos suspeito quando se estuda a quebra de sigilos. Outra hipótese é de que o sistema permitisse a Pardo controlar as ligações.

Suspeita-se que o advogado intermediava transações entre juízes e empresários. Ele também seria sócio de uma empresa fornecedora de equipamentos para caça-níqueis. A descoberta do uso dos telefones móveis foi feita com base na quebra do sigilo telefônico de um dos acusados.

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