Ipea revisa previsão do PIB de 2007 de 3,7% para 4,2%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do Ministério do Planejamento, elevou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 3,7% para 4,2%, segundo nota técnica divulgada na tarde desta sexta-feira (20). A previsão anterior era do Boletim de Conjuntura trimestral do Ipea divulgado em março, antes da revisão da metodologia do PIB pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Ipea subiu as estimativas de avanço de agropecuária de 4,4% para 6,0% e de serviços de 2,8% para 3,6%. Já a estimativa para a expansão da indústria, como componente do PIB, foi mantida em 4,8%. A previsão de aumento do valor adicionado pela produção subiu de 3,7% para 4,1% e a de imposto sobre produtos foi elevada de 3,7% para 4,7%.

Pela ótica da demanda, a aposta de crescimento do investimento no conceito de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) foi ampliada de 8,0% para 9,0%; a de consumo das famílias aumentou de 5,0% para 5,3% e a de consumo do governo subiu de 2,1% para 2 6%. As estimativas do aumento de exportações e importações de bens e serviços subiram, respectivamente, de 4,5% para 4,7% e de 16,0% para 17,0%.

Serviços

O Ipea revisou para cima praticamente todos os setores componentes do setor de serviços, com destaque para os serviços de informação (de 0% para 3,5%), comércio (4,1% para 4,8%) e atividades imobiliárias e de aluguel (de 2,2% para 4,3%). A estimativa para o grupo de intermediação financeira, previdência complementar e serviços relacionados subiu de 3,7% para 4,6%, e a de transporta, armazenagem e correio foi de 3,0% para 3,5%.

Na nota técnica, o Ipea diz que o aumento da estimativa para o setor de agropecuária se fundamenta na perspectiva de uma safra de grãos em torno de 12% maior que em 2006, conforme o levantamento da produção de março do IBGE, "aliada à uma recuperação da produção animal".

Não houve alteração nas projeções de desempenho dos subsetores da indústria: extrativa mineral (6,0%); transformação (4,2%); construção (6,6%) e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (4,3%).

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