Ipea revê projeção do PIB de 2007 de 3,6% para 3,7%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do Ministério do Planejamento, aumentou ligeiramente sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano para 3,7% em relação à anterior, de 3,6%, publicada na edição de dezembro do boletim trimestral de conjuntura do instituto.

Na edição deste mês, divulgada hoje, a expansão da agropecuária teve sua previsão mantida em 4,4%. A de serviços passou de 2,7% para 2,8% e a de indústria, como componente do PIB, foi de 4,7% para 4,8%. Os números projetados são bem melhores do que os do desempenho real no ano passado, quando o PIB cresceu 2,9%; a agropecuária, 3,2%, os serviços, 2,4%, e a indústria, 3%.

A indústria no conceito da pesquisa do PIB inclui segmento de transformação, extrativa mineral e também construção civil e os serviços industriais de utilidade pública (Siup), como energia elétrica. Já a projeção para o aumento da indústria no conceito da pesquisa industrial mensal – produção física (PIM-PF) do IBGE – sem construção civil e Siup – foi ampliada de 4,1% para 4,4%.

O Instituto fez as maiores alterações nas previsões dos componentes do PIB pela ótica da demanda. A projeção do crescimento dos investimentos neste ano foi ampliada de 7,4% para 8%. Trata-se de investimento em construção civil, máquinas e equipamentos – a chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF).

O aumento do consumo privado teve sua projeção reduzida de 5,2% para 5%. Já a variação esperada pelo Ipea para o consumo do governo foi de 2% para 2,1%. A expectativa do Instituto agora é para uma expansão maior do comércio exterior

A previsão para o crescimento das exportações de bens e serviços subiu de 3,6% para 4,5% e a de importações também foi elevada, mas de 15,1% para 16%

Com essas variações, a demanda doméstica daria uma contribuição de 5,2 pontos porcentuais para o PIB, enquanto a externa contribuiria negativamente, com 1,5 ponto (resultado de -2,3 pontos das importações e de 0,8 ponto das exportações).

Entre os componentes da demanda doméstica, a maior contribuição seria a do consumo privado, com 2,8 pontos porcentuais. Em seguida, viria a dos investimentos, com 1,7 ponto; a do consumo do governo, com 0,4 ponto, e mais 0,3 ponto de variação de estoques.

No ano passado, a contribuição da demanda doméstica foi positiva em 4,3 pontos porcentuais, mas a da demanda externa retirou 1,4 ponto do resultado final, resultando no crescimento do PIB de 2,9%. A maior contribuição doméstica foi a do consumo privado, com 2,1 ponto, com a dos investimentos ficando em 1,3 ponto.

A partir do fim deste mês, o PIB começará a ser divulgado pelo IBGE com uma elaboração nova, com outra metodologia, o que poderá alterar as projeções do indicador, de seus componentes e outras.

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