Ipea: gastos públicos têm trajetória de alta com novo PIB

As taxas de indicadores como carga tributária, gasto primário do governo central e despesa do INSS ficaram menores como proporção do Produto Interno Bruto a partir da revisão metodológica feita pelo IBGE, que mostrou um PIB maior, mas a trajetória deles continuou sendo de crescimento no período revisado, de 1995 a 2005. A análise é do coordenador do grupo de Acompanhamento Conjuntural do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fábio Giambiagi. Assim, de acordo com Giambiagi, permanece o desafio de mudar a trajetória de expansão dos gastos públicos e demais indicadores.

O consultor independente Raul Velloso, especialista em contas públicas como Giambiagi, entende que a trajetória de indicadores como a dívida pública em relação ao PIB melhorou. "Não estou pensando no nível, só na velocidade. A velocidade de redução da dívida pública em relação ao PIB foi maior porque o ritmo de crescimento real do PIB no período foi um pouco maior também", disse Velloso. "Este é um ganho importante para o crescimento", afirmou.

O Ipea calculou que o gasto primário do governo central como proporção do PIB diminuiu com a mudança de metodologia da pesquisa de Contas Nacionais de 22,5% para 20,3% em 2005. Os cálculos do Ipea mostram que, naquele ano, os juros nominais passaram de 8,1% para 7,3% do PIB e a despesa do INSS foi reduzida de 7,5% para 6,8%, também em 2005. A divulgação dos resultados referentes ao ano passado está marcada para a próxima quarta-feira.

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